quinta-feira, 7 de julho de 2011

Universitária morre ao doar medula óssea.

A universitária Luana Neves Ribeiro, 21 anos, morreu na noite de anteontem quando se preparava para doar medula óssea para ser transplantada numa criança carioca, portadora de leucemia. Feliz pela oportunidade de praticar o gesto nobre e altruísta, ela se internou às 15h de segunda-feira no Hospital de Base de Rio Preto para se submeter à colocação de um cateter no coração para possibilitar a coleta de células tronco no dia seguinte. Mas uma falha no procedimento acabou por interromper sua vida e seu sonho de salvar a criança cujo rosto sequer conhecia.

Luana morreu vítima de choque hipovolêmico provocado por uma hemorragia no pulmão, seis horas depois da colocação do cateter. As células tronco que não chegaram a ser coletadas seriam levadas para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde a criança do Rio de Janeiro aguardava para o transplante de medula óssea.
Moradora em Promissão, ela já havia retornado para o hotel onde estava hospeda, quando por volta de 19h começou a gritar de dor na barriga e a falar para a mãe que ia morrer. Segundo familiares, Luana se formaria em dezembro no curso de enfermagem pela Universidade de Marília (Unimar) e, por isso, saberia identificar a causa da dor que sentia.
Mãe e filha voltaram imediatamente para o Hospital de Base. Às 20h, foi atendida pela equipe de enfermagem na Unidade de Transplante, que constatou que sua pressão estava baixa (9 por 6) e fez contato telefônico com médica de plantão que determinou a prescrição de Zofran, um remédio para romper a náusea. A universitária teria se recusado a tomar medicação sem ser vista pelo médico. “Eu estou morrendo. Eu sei o que estou falando. Sou enfermeira”, gritava a jovem para a equipe.
Mais de uma hora depois, a médica teria comparecido à unidade e aplicado o Zofran com soro. A paciente, já em choque, vomitou e ficou roxa. Às 22h10 teve uma parada cardíaca. A equipe médica tentou processo de ressuscitação por 30 minutos, mas a universitária não resistiu.
“A médica disse que não era nada, que era apenas um sintoma normal do procedimento que ela havia acabado de passar. Ela não a submeteu a nenhum tipo de exame para descobrir a origem da dor e nem teve olho clínico para perceber que a sudorese e o endurecimento na barriga denunciavam uma hemorragia. Menos de dez minutos, a menina morreu nos braços da mãe”, afirmou a prima Sônia Maria Guedes, 46 anos, também enfermeira.
A mãe de Luana, Cícera Aparecida Neves de Oliveira, 46 anos, acompanhou todo o sofrimento da filha. Por intermédio de Sônia, Cícera contou que a médica responsável pelo procedimento não conseguiu puncionar o cateter pelo lado esquerdo do pescoço, mas obteve êxito do lado direito da jugular. O hematologista Octávio Ricci, chefe da Unidade de Transplante de Medula Óssea do HB, afirmou que ainda aguarda laudo completo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), responsável pela investigação das causas da morte, para se apurar as causas e circunstância da morte, antes de declarar a ocorrência de qualquer erro médico.
Segundo ele, após o procedimento, Luana passou por um raio X depois de colocar sonda, procedimento de rotina que tem o objetivo de checar se há sangramento no pulmão e conferir se o cateter está bem posicionado no coração, mas nada de anormal foi constatado.“A informação que recebi da equipe que a atendeu é de que estava tudo em ordem. Vamos aguardar o laudo do SVO para ver o motivo da hemorragia e apurar tudo o que aconteceu.”
Ricci afirmou que em dez anos de existência da Unidade de Transplante de Medula Óssea essa é a primeira ocorrência de morte de doadores.“Foi uma tremenda fatalidade, pois ela era uma paciente saudável, no auge da vida. Quando ela retornou à unidade, recebeu medicação para náusea e, logo em seguida, teve a parada cardíaca.”

Direção de hospital lamenta a morte
Os diretores do Hospital de Base e Fundação Faculdade de Medicina de Rio Preto Jorge Fares e Horácio Ramalho lamentaram o óbito de Luana e se disseram solidários à dor da família. “É muito triste para a instituição um evento desses. Nós, que temos o objetivo de salvar vidas, sofremos ao deparar com uma tragédia dessa, ainda mais porque o objetivo da jovem também era de salvar uma vida”, disse o diretor-executivo da Funfarme, Horácio Ramalho.

Fonte: Jornal Diário da Região


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cigarro pode aumentar risco de gravidez ectópica em quatro vezes, de acordo com publicação do The American Journal of Pathology

A gravidez ectópica (GE) é a causa mais comum de mortalidade materna no primeiro trimestre de gestação. Entretanto, sua etiologia ainda é incerta. Na GE, a retenção embrionária na trompa de Falópio é relacionada à contratilidade da musculatura lisa e a alterações no microambiente tubário. O cigarro é o principal fator de risco para esta condição.

Em pesquisa da Universidade de Edinburgo, publicada no The American Journal of Pathology, cientistas escoceses observaram que as trompas de Falópio de mulheres com gravidez ectópica exibem alterações na expressão do PROKR1 (do inglês prokineticin receptor-1), o qual é angiogênico, regula a contratilidade da musculatura lisa e está envolvido na implantação intrauterina.
A hipótese dos pesquisadores é de que o cigarro predisponha à gravidez ectópica por alterar a expressão tubária de PROKR1. O PROKR1 permite a implantação correta do embrião dentro do útero, mas sua presença nas trompas de Falópio parece aumentar o risco de que esta implantação ocorra fora do útero.
É fácil compreender como a inalação da fumaça do cigarro afeta os pulmões. O presente estudo mostra que componentes do cigarro entram na corrente sanguínea e afetam órgãos à distância, como é o caso do sistema reprodutivo.
Fonte: The American Journal of Pathology

domingo, 17 de outubro de 2010

Botox aprovado para a profilaxia da dor de cabeça na enxaqueca crônica.

A agência governamental americana que controla a qualidade dos Medicamentos e Alimentos (FDA - Food and Drug Administration) aprovou o uso da toxina onabotulinumtoxinA (Botox; Allergan Inc) para a profilaxia de cefaléia em pacientes adutos com enxaqueca crônica  que sofrem dores de cabeça em 15 ou mais dias por mês, com duração superior a quatro horas.   

"Enxaqueca crônica é uma das formas mais incapacitantes da dor de cabeça", disse Russell Katz, MD, diretor da divisão de produtos neurologicos da FDA. "Há pacientes que sofrem de enxaqueca crônica por mais de 14 dias por mês. Esta condição pode afetar muito a família, trabalho e vida social, por isso é importante ter uma variedade de opções eficazes de tratamento disponíveis."

Para tratar a enxaqueca crônica, onabotulinumtoxinA é injetada aproximadamente a cada 12 semanas de em injeções múltiplas em torno da cabeça e pescoço "para tentar minizar os sintomas de dores de cabeça futuras", observa o comunicado da FDA. Não tem sido demonstrado que funciona para o tratamento da enxaqueca episódica que ocorrem 14 dias ou menos por mês, ou em outras formas de dor de cabeça, conclui.

As reações adversas mais comuns relatadas por estes pacientes tratados com onabotulinumtoxinA são dor pescoço e cabeça.

Comercializado como Botox e Botox Cosmetic, onabotulinumtoxinA avisa no rótulo que os efeitos da toxina botulínica podem se espalhar para outras áreas do corpo, causando sintomas semelhantes aos de botulismo, acrescenta a FDA . Os sintomas incluem dificuldades de deglutição e respiração, que podem ser fatais.

"Não houve nenhum caso grave confirmado de propagação do efeito da toxina quando o Botox tem sido usado na dose recomendada para o tratamento de enxaqueca crônica, sudorese axilar grave, blefaroespasmo, estrabismo ou, ou quando o BOTOX foi utilizado na dose recomendada para melhorar linhas de expressão ", observa o FDA. (mais...)

sábado, 25 de setembro de 2010

Medico Brasileiro ilustrador do Netter Atlas de Anatomia.

O brasileiro Dr. Carlos Machado recebeu seu diploma de medicina na Faculdade de Medicina de Teresópolis e sua pós-graduação em cardiologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Antes de ir para os Estados Unidos, o Dr. Machado atendia em  sua clinica de cardiologia no Rio de Janeiro. As ilustrações do Dr. Machado podem ser vistas no classico "The Netter Collection of Medical Illustrations"  e no aclamado "Interactive Atlas of Clinical Anatomy". Além de suas pinturas originais, o Dr. Machado contribui com atualizações minuciosa de muitas das laminas originais do Dr. Netter. Ele agora reside em Austin, Texas, e seu trabalho é exclusivo para a editora Elsevier. 
  
Dr. Machado.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uniube entra com pedido de reconsideração no MEC e curso de Medicina é mantido.

A Universidade de Uberaba entrou, ontem, no MEC, com pedido de reconsideração dos termos da Portaria 733, publicada no Diário Oficial da União de anteontem, dia 15, uma vez que todos os relatórios das equipes da Comissão de Avaliação do Ministério, que visitaram o curso de Medicina da Uniube, são favoráveis à instituição, que atendeu todos os itens do Termo de Saneamento de Deficiência (TSD). No pedido de reconsideração, a universidade quer a oportunidade de mostrar que todas as exigências foram atendidas.

De acordo com a pró-reitora de Ensino Superior da Uniube, professora Inara Barbosa Pena Elias, a Portaria não interfere no desenvolvimento do curso de Medicina, que não sofrerá nenhuma interrupção, nenhuma mudança, e os alunos não terão prejuízo algum. "Vamos apresentar a nossa defesa e estamos certos de que conseguiremos reverter essa decisão", frisa.

A professora Inara explica que a Portaria determina a abertura de processo administrativo sob o argumento de que a universidade não cumpriu satisfatoriamente as medidas e condições estabelecidas em Termo de Saneamento de Deficiência (TSD). Ela considera que a decisão é surpreendente, uma vez que a Uniube tem atendido todas as exigências apresentadas pelas equipes da Comissão de Avaliação do MEC. A professora argumenta que a Uniube nunca descuidou e jamais se negou a cumprir o que foi determinado pelo TSD, pois entende que o trabalho de supervisão do governo colabora com a qualidade do ensino. A Portaria surpreende, segundo ela, porque, do ponto de vista da instituição, todos os itens do termo foram atendidos.


O professor Galvani Salgado Agreli, diretor do curso de Medicina, afirma que a qualidade do curso é inquestionável e os relatórios parciais do MEC comprovam esta informação. Ele se coloca à disposição da comunidade acadêmica para oferecer mais esclarecimentos.(Fonte:www.jornaldeuberaba.com.br)